quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

CTB-RS divulga vídeo em que reage à pressão do patronato e ressalta a importância de valorizar o Piso Mínimo Regional


A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-RS) começou a divulgar um vídeo que esclarece a importância da valorização do Salário Mínimo Regional. Esse vídeo faz parte da campanha que a CTB-RS lançolu em 26/10, no Fórum Democrático da Assembleia Legislativa e serve para esclarecer a todos os trabalhadores, políticos, comunicadores e à população do Rio Grande do Sul a respeito da importância de que o Piso Regional recupere o valor da época em que foi lançado e tenha uma política permanente, como explica o presidente da CTB-RS, Guiomar Vidor.
“Esse vídeo tem por objetivo central desmistificarmos a impressão que os empresários tentam passar de que o Piso Regional prejudica o desenvolvimento do Estado. Nós entendemos que, ao contrário disso, o Piso Regional é uma das soluções para que possamos aprimorar e avançar cada vez mais o processo de desenvolvimento, com distribuição de renda e valorização do trabalhador. O Piso Regional tem também o objetivo de fazer a roda da economia girar como o salário mínimo nacional tem feito”, explica.
“Para que se tenha uma ideia do significado da valorização do Piso Regional, basta citar que o reajuste de 14.26% do salário mínimo vai representar quase que 1% do crescimento do PIB do Brasil em 2012. São mais recursos que movimentarão a economia do país: com mais dinheiro no bolso do trabalhador, a indústria vai aumentar sua produção, o comércio terá crescimento nas vendas e serão gerados mais empregos”.
O conteúdo do vídeo divulga as propostas da CTB-RS e das demais centrais sindicais que são instituir uma política permanente de valorização do Piso Regional, mudar a data-base, antecipando o reajuste para 1º de janeiro já em 2012, sob pena de o Piso Regional ficar com valor inferior ao salário mínimo nacional.
“Ele tem por objetivo, principalmente pressionar o governo do Estado e os deputados estaduais para que concedam um reajuste que nesse ano seja equivalente ao salário mínimo nacional e mais uma parte da reposição das perdas que nós tivemos, a fim de que se possa alcançar o valor de 1,28 salários mínimos, que era o valor original do Piso Regional quando foi instituído, no governo de Olívio Dutra, em 2001”, lembra Guiomar Vidor.
O presidente da CTB-RS estimula todos os trabalhadores para que façam circular o vídeo nesse período final da negociação, quando o governo do Estado está prestes a enviar sua proposta de reajuste à Assembleia Legislativa.
“Esse vídeo tem como base fundamental ser um instrumento de esclarecimento público e de pressão sobre o Governo e os deputados no sentido de que seja valorizado cada vez mais o Piso Regional. Por isso, aconselhamos a todos os sindicatos filiados que divulguem e passem adiante esse vídeo, a fim de mobilizarem a classe trabalhadora a respeito da mudança da data-base do Piso Regional para 1º de janeiro e por uma política permanente de valorização do Piso Mínimo Regional” assinalou o presidente da CTB-RS.   

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Mobilização das centrais sindicais garante apoio dos deputados pela valorização do Piso Mínimo Regional

Guiomar Vidor entrega pauta ao presidente da Assembleia, Adão Villaverde
                                      Fotos: Renato Ilha

Os atos realizados em conjunto pelas centrais sindicais, nesta terça-feira, 13/12, pela valorização do Salário Mínimo Regional, tiveram grande repercussão junto à população de Porto Alegre e, principalmente, na Assembleia Legislativa, que receberá nos próximos dias o projeto de reajuste enviado pelo governo do Estado.
Pela manhã, na Esquina Democrática (Andradas com Borges de Medeiros) foi realizado um bandeiraço e distribuição de parte dos 100 mil jornais produzidos pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-RS), cuja manchete principal é: “Salário Mínimo Regional valorizado: Todos ganham!”.
Às 11 horas, os líderes das centrais sindicais foram recebidos pelo presidente da Assembleia Legislativa, Adão Villaverde, em seu gabinete. Na oportunidade, o presidente da CTB-RS, Guiomar Vidor, entregou o documento intitulado: “Salário Mínimo Regional, Desenvolvimento e Distribuição de Renda”, com a pauta das centrais sindicais para 2012.
“O documento basicamente pede que o governo do Estado encaminhe o projeto referente ao valor do novo Piso Mínimo para que seja votado ainda nesse ano, a fim de entrar em vigor a partir de 1º de janeiro.  Se não ocorrer, o Piso Regional ficará inferior ao salário mínimo nacional. Será uma excrescência se o governador Tarso Genro deixar de fixar o Piso Regional que foi criado exatamente no governo de Olívio Dutra”, alertou Guiomar Vidor ao presidente da Assembleia Legislativa.
“Já entregamos esse documento, elaborado em conjunto pelas centrais sindicais, em audiência com o governador. Ele também foi entregue no final das discussões da Câmara Temática do Piso Regional. Nele, reivindicamos que seja estabelecido um critério para o reajuste do Piso Estadual nos moldes do que já existe em relação ao salário mínimo nacional”, informou o presidente da CTB-RS.
Guiomar Vidor fez questão de salientar para o deputado Adão Villaverde os principais pontos do documento.
“Estamos sugerindo uma média do PIB do Rio Grande do Sul e do Brasil dois anos antes do reajuste e que as perdas que tivemos até alcançar o índice inicial de 1,28 salários mínimos, como era quando foi instituído, sejam repostas em quatro anos, em parcelas de 3,4%. Também pedimos a inclusão de algumas categorias, além de mudanças de faixas para categorias com valores defasados”.
Mas o presidente da CTB-RS fez questão de reafirmar que as questões essenciais são o reajuste de 18,7%, a mudança da data-base para 1º de janeiro e a instituição de uma política permanente de reajuste do Piso Regional.


À tarde, depois de concluída a panfletagem no Centro de Porto Alegre, os dirigentes de sindicatos de trabalhadores de todo o Estado, percorreram os gabinetes de todos os deputados e, igualmente, entregaram em mãos o documento elaborado pelas centrais sindicais. Os parlamentares manifestaram total apoio às reivindicações dos trabalhadores e apenas aguardam que o governador Tarso Genro envie o projeto o quanto antes.
 “Ao conversar com o presidente da Assembleia Legislativa, com as lideranças partidárias e visitar todos os deputados em seus gabinetes, teve como objetivo que o projeto seja votado antes do final do ano, a fim de que o reajuste do Piso Mínimo Regional entre em vigor a partir de 1º de janeiro”, justificou o presidente da CTB-RS.
A seguir, foi entregue cópia do documento e solicitado o apoio do presidente Adão Villaverde, que fez questão de assinar um protocolo da entrega do documento das centrais sindicais.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Presidente da CTB-RS denuncia manipulação patronal para evitar um índice justo no reajuste do Piso Mínimo Regional

   Documento já entregue ao governador será distribuído aos deputados na Assembleia
   Foto: Márcia Carvalho

A ofensiva do patronato, através dos meios de comunicação, a fim de intimidar o governador Tarso Genro a não conceder o reajuste correto do Piso Mínimo Regional, foi contestada pelo presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-RS), Guiomar Vidor. Ele respondeu a afirmação do presidente do Sindiatacadistas, de que o Estado perdeu 460 mil postos de trabalho desde que o Piso Regional foi criado, há dez anos:
“Essa declaração tem um dado positivo: os empresários já diminuíram os números falseados que estavam adotando como argumento. Até poucos dias diziam que o Rio Grande do Sul havia perdido 600 mil empregos com o Piso Regional. Certamente se deram conta de que era um dado absurdo, uma vez que não entraram nem 500 mil pessoas no mercado de trabalho nos últimos dez anos, o que só seria possível se fossem incluídos os recém nascidos”, ironizou o presidente da CTB.
“Claro que, mesmo o atual não é verdadeiro. Na verdade, é uma das formas da luta política que tem sido colocada nesse momento. De um lado os empresários que sempre foram contra o Piso Regional porque, é lógico, se o trabalhador ganhar mais, o empregador vai reduzir os seus lucros. Significa que vai mexer no bolso deles. Nós queremos valorizar o salário mínimo porque queremos que haja mais dinheiro no bolso do assalariado porque é ele que consome e mantém o mercado interno aquecido e movimenta a economia. Isso gera mais produção, renda, empregos e desenvolvimento”, analisou o presidente da CTB-RS.
“Nós reafirmamos, em nome da CTB-RS - e essa também é a opinião das demais centrais sindicais -, que o Salário Mínimo Regional não é um problema. Ele é a solução para a falta de distribuição de renda e do baixo poder aquisitivo da população, não só do Rio Grande do Sul, mas de todo o país. Cerca de 20 anos atrás, a renda dos trabalhadores representava 50% do PIB nacional e hoje é de apenas 34% do PIB. Isso significa uma redução drástica dos salários em relação a produção da economia como um todo.”
Guiomar Vidor considera fundamental para o futuro do país que essa situação seja logo equacionada, como explica:
 “Há uma crise internacional do sistema capitalista e a tendência é de que os países se fechem para as suas economias. O Brasil, como país exportador, tende a exportar menos. E, portanto, precisa reforçar o seu mercado nacional, a fim de gerar um consumo interno suficiente para dar conta dessas exportações que não vão ser feitas e para poder dar continuidade ao processo de crescimento econômico do país. Isso só vai acontecer se reforçarmos o nosso mercado interno. Isso acontecerá mediante o fortalecimento da massa salarial, do poder de compra dos trabalhadores que são quem, efetivamente, consomem em nosso país.”
Como exemplo, o presidente da CTB-RS lembrou que no governo Lula já isso ficou evidente, quando o país foi o último a ser prejudicado pela crise econômica mundial e o primeiro a sair dela.
“A valorização do salário mínimo foi um instrumento importante e fundamental para que o Brasil pudesse enfrentar a crise de uma forma diferenciada. Com o salário mínimo valorizado, houve mais poder de compra para a população, o mercado interno foi aquecido e por isso o Brasil conseguiu render mais, produzir mais e, portanto, gerar mais empregos num período em que o mundo inteiro vivia uma crise que gerou desemprego e outras contradições sociais.”
Por outro lado, depois da vitória do governo Tarso Genro é que foram iniciadas medidas anticíclicas no Estado, nos mesmos moldes que o Brasil já vinha adotando anteriormente.
“Até então, a política econômica do Rio Grande do Sul era fechada e não tinha o Estado como indutor do processo de desenvolvimento. Agora constatamos que o governo do Estado tem assumido essa condição, tanto que esse ano a tendência é o Rio Grande do Sul ter um crescimento econômico maior do que o Brasil e a tendência é isso se verificar mais uma vez no ano que vem”, constatou Guiomar Vidor.
“Nós consideramos que o Piso Regional é um instrumento de distribuição de renda, da mesma forma que o salário mínimo é em nível nacional”.
Nesta terça-feira, o Dia da Mobilização pela valorização do Piso Regional do RS
O dia 13/12 foi escolhido pela CTB-RS e demais centrais sindicais como o Dia da Mobilização pela valorização do Piso Mínimo Regional. Guiomar Vidor convoca todos os trabalhadores a participarem de mais esse esforço, quando faltam poucos dias para o governador Tarso Genro anunciar o índice.
“Nós estamos, juntamente com as demais centrais sindicais, convocando para essa terça-feira (13/12) uma série de atividades. Na parte da manhã, a partir das 10 horas, na Esquina Democrática, haverá um grande bandeiraço e distribuição de material à população. Às 11 horas, temos agenda com o presidente da Assembleia Legislativa, Adão Villaverde, quando será entregue o documento das centrais sindicais, o que também será feito durante a reunião das lideranças partidárias. No inicio da tarde, vamos entregar o documento a todos os demais deputados. E, às 15 horas, teremos uma audiência com o Secretário do Trabalho, Luis Augusto Lara”, informou.
“A idéia é intensificarmos a luta na defesa do Piso Regional e de sua valorização. Nós vamos exigir e pressionar o governo do Estado até o último momento para que ele encaminhe um projeto à Assembleia Legislativa tendo em conta que o Salário Mínimo Regional precisa ser valorizado para que ele alcance aquele valor de quando foi criado, que é de 1,28 salários mínimos nacionais” justificou o presidente da CTB-RS.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Centrais sindicais preparam atos para 13/12 o Dia de Mobilização pelo Salário Mínimo Regional do Estado


                                Reunião das centrais sindicais que definiu o Dia de Mobilização pelo Piso Mínimo
                                Foto: Renato Ilha
A luta dos trabalhadores pela valorização do Salário Mínimo Regional terá uma série de atividades a partir da próxima semana. Reunidos na sede da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-RS), os dirigentes das centrais sindicais, federações e sindicatos decidiram que terça-feira, 13/12, será o Dia de Mobilização pela valorização do Piso Mínimo Regional.
A partir das 10 horas, na Esquina Democrática, no centro de Porto Alegre, será realizada uma campanha de esclarecimento à população a respeito da importância da valorização do Piso Mínimo para a economia do Rio Grande do Sul. Às 11 horas, na Asembleia Legislativa, os dirigentes sindicais entregarão aos líderes dos partidos o documento "Salário Mínimo Regional, Desenvolvimento e Distribuição de Renda". A partir das 14 horas, o mesmo documento será entregue a cada um dos 55 deputados estaduais, com a pauta das centrais sindicais para 2012.
Às 15 horas, os presidentes das centrais sindicais têm audiência agendada com o Secretário Estadual do Trabalho e Ação Social, Luis Augusto Lara, quando será reforçada a necessidade de ser implantada uma política permanente para o Salário Mínimo Regional, com a garantia de reajustes, além da recomposição das perdas ocorridas nos últimos anos.
O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-RS), Guiomar Vidor, enumerou as principais as razões que levaram os dirigentes sindicais a aumentar a pressão sobre o governo e os deputados estaduais.
 “As centrais sindicais decidiram intensificar a luta por uma política permanente pela valorização do Piso Mínimo Regional em nosso Estado. Tanto que vamos realizar atividades em diversos momentos e locais: na Esquina Democrática, na Assembleia Legislativa, junto à sociedade, enfim, para demonstrar a importância de nós termos um Piso Regional forte. Com ele se democratiza a renda, o que fortalece o mercado interno e nos ajuda a reforçar cada vez mais a economia gaúcha. Significa que a valorização do Salário Mínimo Regional só vai trazer benefícios para toda a sociedade”, disse Guiomar Vidor.
“Nós entendemos que o governo do Estado assumiu o compromisso político, inclusive como programa de governo, pela valorização do Piso Regional. Portanto, cabe aos trabalhadores lutarem pelo nosso justo direito de buscar a recuperação do poder de compra desde 2001, quando foi criado, durante o governo de Olívio Dutra, que era de 1,28 salários mínimos. Para que isso aconteça, a reivindicação das centrais sindicais é de um reajuste de 18.7%. Esse índice compreende a média do PIB do Brasil e do Rio Grande do Sul nos últimos dois anos, mais o INPC do período, e ¼ das partes que nós perdemos nos últimos anos. Então, vamos defender de todas as formas que o reajuste de fato venha a ser esse, a fim de que, em quatro anos nós, tenhamos condições de recuperar o valor do Piso Mínimo Regional do Rio Grande do Sul, que era de 1,28 salários mínimos”, resumiu o presidente da CTB-RS.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Centrais sindicais e empresários não entram em acordo e valor do Piso Mínimo Regional será decidido pelo Governo

Presidente da CTB-RS, Guiomar Vidor, defende índice proposto pelas centrais sindicais para o Piso Mínimo do RS
Foto: Márcia Carvalho
Sem ter havido consenso entre as centrais sindicais e os empresários, o governo do Estado enviará nos próximos dias à Assembleia Legislativa o novo valor do Salário Mínimo Regional que deverá entrar em vigor a partir de 1º de janeiro de 2012. Essas informações foram transmitidas pelo secretário executivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, Marcelo Danéris, na reunião final da Câmara Temática do Piso Regional, realizada nesta terça-feira, 7/12, no Centro Administrativo.
“A orientação do governador é acompanhar a lógica macroeconômica do governo federal. Ela está ancorada à cadeia produtiva que mais gera empregos, aliado ao mercado interno aquecido que sustenta o Brasil durante a crise”, justificou Daneris. “Para isso é preciso que os setores empresariais funcionem bem. De outro, deve haver distribuição de renda que permita o poder aquisitivo manter o mercado aquecido, a fim de proteger o Brasil da crise mundial”.
Segundo Danéris, o governo não pretende usar só o INPC – como quer o patronato - mas admite que dificilmente vai ser em torno de 19% - índice que as centrais sindicais consideram justo, a fim de recuperar as perdas que o Piso Mínimo Regional sofreu nos últimos governos.
“No Rio Grande do Sul, o governador Tarso Genro pretende repetir, dentro da realidade regional, um pouco esta lógica: acompanhar o nível de crescimento do Brasil, ou entrar no mesmo ritmo do país, porque nos últimos anos o Estado cresceu 11% a menos: enquanto o Brasil cresceu 36%, o Rio Grande do Sul ficou em 25%. Então, precisamos encontrar esse mesmo ritmo de crescimento do Brasil”, reconheceu o secretário do “Conselhão”.
Em sua argumentação final, o presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-RS), Guiomar Vidor, informou que o reajuste de 14,3% no valor do salário mínimo, a partir de 2012 vai injetar R$ 64 bilhões na economia brasileira. “O PIB brasileiro crescerá 0,8% no primeiro trimestre graças, principalmente, ao poder de compra do trabalhador, que movimentará nosso mercado. Então, vejam bem a repercussão que o salário mínimo tem na economia do pais”, ressaltou.
“Uma questão que precisa ser levada em conta é que a massa salarial já representou mais de 50% do PIB brasileiro e hoje ela é de apenas 34%. Então, mesmo que seja a médio e longo prazo, temos que criar mecanismos para essa recuperação, porque sem o mercado interno fortalecido, dificilmente vamos superar a crise internacional do sistema capitalista que não vai ser resolvida tão cedo“, advertiu Guiomar Vidor.
“O salário mínimo regional cumpre exatamente esse papel que é o de alavancar a economia do Rio Grande do Sul. É o entendimento da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil e esse debate tem que ser em cima dessas questões. Por fim, o Estado, como propulsor do processo de desenvolvimento e da distribuição de renda, tem seu papel a cumprir. Portanto, mantemos a posição de defender o índice fundamentado pelas centrais sindicais, de 18,7%, além da inclusão de categorias que não são reconhecidas pelas entidades patronais”, finalizou o presidente da CTB-RS.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O Rio Grande só ganha com o Piso Mínimo Regional *

                                  Guiomar Vidor *
Na semana passada, as centrais sindicais entregaram ao governador do Estado, Tarso Genro, um documento intitulado “Salário Mínimo Regional, Desenvolvimento e Distribuição de Renda”. Nele, fica demonstrado, com dados fornecidos pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que o Piso Mínimo Regional equivalia a 1,28 do salário mínimo nacional quando foi criado, em 2001, durante o governo de Olívio Dutra. Se fosse aplicado hoje, o Piso Regional seria de R$ 697,00. No entanto, com a desvalorização ocorrida nos últimos governos, ele atualmente é de R$ 610,00. Significa que o trabalhador do Estado teve uma perda superior a 14%.
O aumento do poder de compra do trabalhador foi um dos motivos que levou o Brasil a ser um dos últimos países a entrar na crise financeira mundial e um dos primeiros a sair dela, pois o que deixou de ser exportado naquele período, foi consumido pelo mercado interno, tendo gerado mais empregos e proporcionado que a economia nacional desse um salto maior. O Jornal do Comércio informou, em matéria publicada na editoria de Economia, dia 28/11, que o reajuste de 14,3% no valor do salário mínimo – que passará dos atuais R$ 545,00 para R$ 622,73 em janeiro -, vai injetar cerca de R$ 64 bilhões na economia brasileira a partir de 2012.
O Salário Mínimo Regional cumpre essa tarefa, que é o de reforçar o mercado interno e democratizar a renda no Rio Grande do Sul, mas principalmente de fortalecer o mercado consumidor para que  nossa economia também possa reagir como vai acontecer com a economia nacional. Queremos a soma da média do PIB do Brasil e do RS, que é de 7,65%, mais o INPC projetado de 6,65%,  que totaliza 14,48%. Com a inclusão de uma das parcelas das perdas salariais - atualmente em 14,28% - teremos mais 3,4%, o que dará o reajuste total de 18.7%.

Durante as reuniões da Câmara Temática do Piso Regional, no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, as centrais sindicais entregaram a seguinte proposta: Reajuste do Salário Mínimo Regional pela média do PIB brasileiro e do RS de 2 anos antes da data do reajuste, acrescida do INPC do ano anterior. Estabelecer critério para repor as perdas dos últimos períodos, até recuperar o valor de 1,28 salários mínimos. Dividir as diferenças em até quatro anos. Inclusão de novas categorias, com criação de novas faixas. Alteração de faixas de categorias que apresentem defasagem na faixa atual. Projeto de Lei restabelecendo o reajuste futuro para 1º de janeiro, conforme acordo firmado com as entidades patronais, aprovada pela Assembleia Legislativa. Colocar o piso mínimo regional na Constituição do Estado. E incluir na Lei, os servidores públicos estaduais que hoje não estão contemplados.
Entendemos que nosso pedido é justo e é possível de ser atendido por parte do governo do Estado. Ele é cada vez mais necessário, exatamente para que se possa trazer de volta a recomposição do poder aquisitivo dos salários, que já chegaram a representar 50% do PIB e hoje representam apenas 34% do PIB. Ainda temos uma longa estrada pela frente em busca da recuperação da massa salarial do conjunto dos trabalhadores. E o Piso Mínimo Regional é um fator determinante nesse sentido.
* Presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-RS)
* Artigo publicado na Página 4 do Jornal do Comércio, de Porto Alegre, em 6/11/2011

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

CTB-RS distribui 100 mil jornais da campanha SALÁRIO MÍNIMO REGIONAL VALORIZADO: TODOS GANHAM!


Depois de ter sido entregue, pelos dirigentes das centrais sindicais, ao governador Tarso Genro, em 28/11, o documento intitulado “Salário Mínimo Regional, Desenvolvimento e Distribuição de Renda – Pauta das centrais sindicais 2012”, a Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-RS) continua divulgando em todo o Estado a campanha de esclarecimento a respeito da importância desse tema para os assalariados gaúchos.
Além de uma campanha de outdoors espalhados pelo Rio Grande do Sul, a CTB-RS editou e distribuiu 100 mil jornais de quatro páginas, cuja manchete de capa é: SALÁRIO MÍNIMO VALORIZADO: TODOS GANHAM! Nele, a CTB-RS convida os trabalhadores para debaterem, participarem e, principalmente, mobilizarem a sociedade gaúcha por uma política de valorização do Piso Mínimo Regional.
“A valorização do Piso Regional é um efetivo estímulo econômico para o desenvolvimento”, afirma o diretor-técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Ricardo Franzói, um dos entrevistados, que justifica: “Em primeiro lugar por conta da sua conversão imediata em consumo de bens de salário e serviços e, por conseqüência, no impacto positivo sobre o nível de atividade econômica regional, através de efeitos multiplicadores de renda”.
Na o opinião do sociólogo Carlos Winckler, da Fundação de Economia e Estatística (FEE), “elevar o Piso Mínimo Regional é fundamental porque a crise mundial fatalmente terá reflexos na nossa economia. Portanto, não vejo outra saída senão valorizar o salário dos trabalhadores e retornar à proporcionalidade original com o salário mínimo”, afirmou o técnico da FEE.
Em entrevista ao jornal, o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-RS), Guiomar Vidor, considera que o Piso Salarial Regional serve de indutor ao desenvolvimento social e econômico, porque aumenta a capacidade de consumo dos trabalhadores e, em conseqüência, no recolhimento do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), principal tributo do Estado.
“Não é verdade que o Piso Regional enfraquecerá as negociações entre trabalhadores e empregadores. O piso é uma referência; daí para cima é livre negociação, pois visa proteger categorias com menor poder de barganha. Representa uma política pública de trabalho inquestionável e não uma guerra entre trabalhadores, empresários e governo”, analisou Guiomar Vidor.
“O Salário Mínimo Regional cumpre exatamente com essa tarefa, que é o de reforçar o mercado interno e democratizar a renda no Rio Grande do Sul, mas principalmente de nós fortalecermos o nosso mercado consumidor para que a nossa economia também possa reagir como vai acontecer com a economia nacional”, destacou o presidente da CTB-RS.